Uma empresa de Apucarana, no norte do estado, tem apostado em uma ideia inovadora para aumentar a produção de tilápia: ambientes específicos para cada fase do peixe.
O proprietário Flávio Urizzi explica que o sistema utilizado se chama bioflocos. De acordo com ele, a tecnologia ajuda a reduzir o consumo de água, os custos com a alimentação dos animais e dá agilidade à produção.
De acordo com Urizzi, a empresa compra os peixes quando ainda são alevinos, ou seja, recém-eclodidos. Nos tanques, as tilápias são criadas até a fase juvenil, para então serem vendidas a outros produtores.
Atualmente, a propriedade conta com oito tanques que ficam dentro de uma estufa, para que a temperatura da água possa ser controlada.
O proprietário explica que a rotina envolve alimentação a cada duas horas, controle dos nutrientes da água e, se for necessário, manejo dos equipamentos para melhorar a oxigenação dos tanques.
Com o método, a produção gira em torno de 650 mil peixes a cada 45 dias.
“Enquanto aqui o peixe cresce entre 30 a 45 dias, esse mesmo peixe, para chegar no mesmo tamanho no tanque escavado, ia gastar de 60 a 70 dias. Outra questão é que um alevino é muito sensível. Aqui o sistema é todo controlado, controlo até a temperatura. Por isso a mortalidade é mais baixa”, explica.
O Paraná é líder nacional na produção e exportação de peixes. O estado é responsável por 34% de tudo o que é produzido no Brasil, de acordo com dados oficiais.
Inovação como solução
Urizzi explica que o maior desafio desta técnica é o custo da energia elétrica necessária para o funcionamento dos equipamentos de oxigenação, flutuação do bioflocos e dos sistemas de segurança.
Porém, para minimizar esse gasto, a empresa investiu em energia solar e a água dos tanques é reaproveitada para irrigar as plantações de trigo e soja da propriedade.