Conforme informa Aldo Vendramin, o uso de fertilizantes é uma prática essencial para manter a produtividade agrícola e garantir alimentos em larga escala. No entanto, com o aumento das preocupações ambientais e da busca por sustentabilidade no campo, cresce o debate sobre qual opção é mais vantajosa: os fertilizantes químicos tradicionais ou os biofertilizantes. Ambos têm papeis importantes, mas apresentam diferenças significativas em seus impactos no solo, na produção e no meio ambiente.
Neste artigo, vamos comparar os dois modelos e entender como cada um afeta a produtividade agrícola, o equilíbrio ambiental e os custos de produção.
Quais são os impactos ambientais de cada tipo de fertilizante?
Os fertilizantes químicos são amplamente utilizados por sua eficiência imediata, mas seu uso contínuo pode causar degradação do solo, contaminação da água e perda de biodiversidade microbiana. Eles tendem a acidificar o solo, reduzir sua capacidade de retenção de nutrientes e provocar o acúmulo de sais, o que compromete a saúde do ecossistema agrícola a longo prazo. Além disso, o excesso de nutrientes pode escorrer para rios e lagos, causando eutrofização.

Já os biofertilizantes, produzidos a partir de microrganismos e resíduos orgânicos, têm um impacto ambiental muito menor. Como demonstra o empresário Aldo Vendramin, eles contribuem para a recuperação da vida no solo, melhorando sua estrutura e fertilidade de forma natural. Além de fornecer nutrientes, eles estimulam a atividade biológica, favorecendo um equilíbrio ecológico mais duradouro.
Como os fertilizantes afetam a produtividade agrícola?
Os fertilizantes químicos são reconhecidos por aumentar rapidamente a produtividade, especialmente em sistemas de cultivo intensivo. Sua formulação padronizada garante fornecimento direto de nutrientes essenciais, como nitrogênio, fósforo e potássio. No entanto, como alude o senhor Aldo Vendramin, esse ganho de curto prazo pode vir acompanhado de uma dependência crescente, exigindo doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de produção ao longo do tempo.
Em contrapartida, os biofertilizantes atuam de forma mais lenta e gradual, promovendo uma fertilidade duradoura e sustentável. Eles fortalecem o solo e a planta de dentro para fora, resultando em culturas mais resistentes a pragas e variações climáticas. Embora o aumento da produtividade possa ser mais lento inicialmente, os resultados tendem a ser mais estáveis e consistentes ao longo das safras. O uso combinado com práticas agroecológicas pode potencializar ainda mais seus efeitos.
Qual é o custo-benefício de cada alternativa para o produtor?
Segundo Aldo Vendramin, os fertilizantes químicos costumam ter um custo mais elevado e estão sujeitos à volatilidade do mercado internacional, já que muitos insumos são importados. Além disso, o uso constante desses produtos pode exigir investimentos extras em correção do solo e controle de impactos ambientais. A longo prazo, isso pode comprometer a rentabilidade, especialmente em pequenas e médias propriedades que operam com margens reduzidas.
Já os biofertilizantes, embora possam exigir maior manejo técnico e adaptação inicial, têm custo mais acessível e podem ser produzidos localmente. Isso reduz a dependência externa e promove maior autonomia do produtor. Além disso, seu uso está alinhado as políticas de incentivo à agricultura sustentável, podendo gerar benefícios fiscais e acesso a novos mercados. Para quem busca equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade, os biofertilizantes representam uma opção econômica e ecológica.
Por fim, a escolha entre biofertilizantes e fertilizantes químicos depende das necessidades do solo, dos objetivos de produção e da visão de futuro do agricultor. Enquanto os químicos oferecem resposta imediata, os biofertilizantes constroem um solo mais saudável e produtivo a longo prazo. Para o empresário Aldo Vendramin, em um cenário de crescente demanda por práticas sustentáveis, o equilíbrio entre essas duas opções pode ser a chave para uma agricultura mais eficiente, econômica e amiga do meio ambiente.
Autor: Daria Alexandrova