Conforme destaca Paulo Henrique Silva Maia, Doutor em Saúde Coletiva pela UFMG, a profissionalização no terceiro setor é um passo indispensável para organizações não governamentais (ONGs) que almejam causar impacto real e duradouro. O amadurecimento institucional das ONGs é essencial para garantir eficiência, transparência e sustentabilidade das ações sociais.
Muitas organizações ainda operam de maneira amadora, com baixa capacitação técnica e ausência de processos bem definidos. Essa realidade, infelizmente, compromete os resultados e dificulta o acesso a recursos. Neste cenário, a profissionalização surge como o caminho mais eficaz para consolidar a atuação das ONGs e ampliar seu alcance junto à sociedade.
Por que a profissionalização no terceiro setor é tão importante?
Profissionalizar uma ONG vai muito além da regularização jurídica. Trata-se de adotar práticas de gestão modernas, investir em capacitação de equipes, estabelecer metas e indicadores e implementar estratégias de captação de recursos sustentáveis. A falta de qualificação em áreas como administração, contabilidade e comunicação é uma das principais barreiras que impedem as ONGs de crescerem com solidez.
Segundo Paulo Henrique Silva Maia, a profissionalização também fortalece a credibilidade da instituição frente aos parceiros, financiadores e beneficiários. Uma ONG bem estruturada e com governança sólida transmite confiança e tem mais chances de firmar alianças estratégicas, além de acessar editais públicos e privados de fomento.
Quais áreas demandam maior atenção na profissionalização das ONGs?
Paulo Henrique Silva Maia explica que existem pilares fundamentais que toda organização deve observar ao buscar profissionalizar sua atuação. Entre os mais relevantes, destacam-se:

Gestão administrativa e financeira
Uma gestão eficiente é a base de qualquer instituição. É necessário manter controle sobre receitas e despesas, emitir relatórios financeiros periódicos e adotar boas práticas contábeis. A transparência nesses processos é vital para garantir a confiança dos financiadores e da comunidade.
Planejamento estratégico
Ter uma visão clara do futuro da ONG é essencial. O planejamento estratégico permite definir objetivos de curto, médio e longo prazo, identificar os recursos necessários, prever riscos e monitorar resultados. Esse tipo de planejamento é ainda raro no terceiro setor, mas fundamental para a perenidade das organizações.
Desenvolvimento de pessoas
Capacitar e valorizar os profissionais e voluntários é um passo importante para manter a equipe engajada e produtiva. A profissionalização passa também pela criação de uma cultura organizacional sólida, com processos de formação continuada e gestão participativa.
Captação de recursos
Muitas ONGs enfrentam desafios para garantir a sustentabilidade financeira. Por isso, é crucial diversificar as fontes de financiamento e adotar estratégias profissionais de captação. Isso inclui campanhas de doações, parcerias com empresas, acesso a editais e uso de plataformas digitais.
Como iniciar o processo de profissionalização?
O primeiro passo é realizar um diagnóstico organizacional. Isso permite entender os pontos fortes e fracos da ONG e delinear um plano de ação alinhado às suas necessidades. A partir desse diagnóstico, a organização pode investir em capacitação da equipe, reestruturar processos internos e buscar apoio técnico especializado. Para Paulo Henrique Silva Maia, a assessoria de profissionais qualificados é um diferencial importante nesse processo.
Consultorias especializadas, como a Case Consultoria e Assessoria, contribuem com metodologias adequadas e soluções personalizadas, que respeitam a realidade de cada instituição. Apesar dos avanços, muitos desafios ainda persistem. A resistência à mudança, a escassez de recursos e a sobrecarga de trabalho dificultam o processo. No entanto, cada vez mais ONGs compreendem a importância de investir em qualificação e gestão.
Profissionalizar para impactar
Em suma, Paulo Henrique Silva Maia enfatiza que a profissionalização no terceiro setor é um processo contínuo e necessário para que as ONGs alcancem seus objetivos com responsabilidade.
Autor: Daria Alexandrova