De acordo com o investidor Otávio Fakhoury, a inflação é um daqueles assuntos que todo mundo já ouviu falar, mas nem sempre entende como realmente funciona no dia a dia. Pois, embora pareça algo distante, que só interessa aos economistas e políticos, a verdade é que a inflação tem um impacto direto na sua rotina, especialmente nos itens que você consome todos os dias, como comida, transporte e outros gastos básicos. Pensando nisso, nesta leitura, vamos mostrar de maneira clara e simples como a inflação pode influenciar sua vida mesmo sem que você perceba.
Por que os alimentos estão cada vez mais caros?
Um dos primeiros sinais da inflação aparece no supermercado. Produtos como arroz, feijão, carne e leite sofrem com o aumento de preços porque dependem de fatores como o custo do transporte, clima e demanda. Logo, quando esses fatores ficam mais caros ou instáveis, o preço final que chega ao consumidor sobe.
Inclusive, muitas vezes, a gente não percebe o quanto isso pesa, pois o aumento é gradual, mas acumulativo ao longo dos meses. Além disso, com a inflação alta, o salário não acompanha o aumento dos preços, o que faz com que a gente compre menos com o mesmo valor.

Segundo Otávio Fakhoury, isso gera uma sensação de que o dinheiro “encurta” e obriga as famílias a buscarem alternativas mais baratas ou reduzirem o consumo. A inflação, portanto, atinge diretamente o prato do brasileiro, afetando desde a qualidade até a quantidade dos alimentos consumidos.
O impacto da inflação no transporte
Outro setor muito sensível à inflação é o transporte, conforme ressalta o empresário Otávio Fakhoury. Uma vez que, quando o preço dos combustíveis sobe, isso se reflete em praticamente toda a cadeia de produção e distribuição, já que o Brasil depende bastante de transporte rodoviário. A consequência disso é que o custo do frete aumenta e, com isso, o preço final de muitos produtos também sobe.
Aliás, para quem depende de transporte público, os impactos também são sentidos. Pois, tarifas de ônibus, metrô e trem costumam ser reajustadas para acompanhar o aumento dos custos operacionais, e isso pesa no bolso de quem precisa se locomover diariamente. Assim, no fim das contas, a inflação nos transportes acaba interferindo tanto nos deslocamentos quanto nos preços dos produtos que compramos.
O que muda no consumo do dia a dia?
A inflação faz com que a gente repense o que colocar no carrinho do supermercado, o tipo de lazer que pode ter no fim de semana e até o quanto dá para economizar no mês. Como destaca Otávio Fakhoury, quando os preços sobem, a renda das famílias perde valor e isso afeta diretamente o padrão de consumo. Desse modo, gastos que antes pareciam pequenos, como uma pizza em família ou uma ida ao cinema, passam a ser considerados supérfluos.
Inclusive, muitas pessoas recorrem ao parcelamento ou ao uso do cartão de crédito para manter o mesmo estilo de vida, o que pode gerar endividamento, conforme pontua o investidor Otávio Fakhoury. A inflação, nesse sentido, traz uma falsa sensação de controle, pois o aumento dos preços nem sempre é percebido de imediato. Assim, o resultado é uma adaptação silenciosa do consumo, com impacto direto na qualidade de vida das famílias.
A inflação está mais perto do que parece
Em conclusão, a inflação não é apenas um número divulgado no noticiário; ela está presente nas pequenas decisões que tomamos todos os dias. Seja ao escolher marcas mais baratas no supermercado, reduzir saídas de lazer ou repensar o uso do carro, as pessoas são obrigadas a ajustar seus hábitos por conta do aumento dos preços. Por isso, é importante ficar atento às variações no orçamento e buscar formas de manter o controle financeiro mesmo em tempos de instabilidade.
Autor: Daria Alexandrova